Governo do Rio Grande do Sul implementa programa para aumentar rebanho de ovinos no Estado

Programa percorre propriedades da cidade de Pinheiro Machado para traçar radiografia aprofundada da criação de animaisSerá em Pinheiro Machado, município símbolo da criação ovina no Rio Grande do Sul, que o governo do Estado incrementará o plano lançado em janeiro para aumentar os rebanhos gaúchos. Do final de setembro até o mês de dezembro, técnicos e veterinários do município da região da Campanha percorrerão propriedades e criadores.

O objetivo é traçar uma radiografia aprofundada, mostrando o modo atual de criação e as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores. O estudo pretende esmiuçar os tipos de raças, índices de natalidade, pastagens oferecidas aos animais e até mesmo as instalações das propriedades.

Para isso, nove pessoas, separadas em três equipes, percorrerão os quatro distritos do município.

? Nossa suspeita é de que o abigeato (furto de animais em propriedades) e, por épocas, a não valorização da carne e da lã sejam fatores que acabam desestimulando os produtores. Mas o estudo serve, justamente, para rastrear todos esses possíveis problemas ? explica Mário Alfredo Mendes de Lima, secretário de Agropecuária e Meio Ambiente de Pinheiro Machado.

A iniciativa integra o Programa de Desenvolvimento da Ovinocultura Gaúcha, anunciado em janeiro na Feovelha, principal evento ligado à criação no Estado, no município.

? Fazer esse estudo em todo o Estado seria algo muito difícil. Por acreditarmos que Pinheiro Machado é uma cidade símbolo da ovinocultura, optamos por realizar a pesquisa lá. É um trabalho que deve dar as características fiéis do rebanho gaúcho ? acredita José Galdino Garcia Dias, coordenador do programa.

De janeiro a setembro, 143.129 animais já foram financiados pelo Programa de Desenvolvimento da Ovinocultura Gaúcha, com duas linhas de crédito: para retenção e aquisição de matrizes. Outros 34.040 animais estão tendo o financiamento analisado pela Secretaria Estadual de Agropecuária, Pecuária e Agronegócio.

? Nossa ideia é fazer com que os produtores enviem menos cordeiras para o abate, aumentando o número de matrizes ? finaliza Dias.