O objetivo é traçar uma radiografia aprofundada, mostrando o modo atual de criação e as principais dificuldades enfrentadas pelos produtores. O estudo pretende esmiuçar os tipos de raças, índices de natalidade, pastagens oferecidas aos animais e até mesmo as instalações das propriedades.
Para isso, nove pessoas, separadas em três equipes, percorrerão os quatro distritos do município.
? Nossa suspeita é de que o abigeato (furto de animais em propriedades) e, por épocas, a não valorização da carne e da lã sejam fatores que acabam desestimulando os produtores. Mas o estudo serve, justamente, para rastrear todos esses possíveis problemas ? explica Mário Alfredo Mendes de Lima, secretário de Agropecuária e Meio Ambiente de Pinheiro Machado.
A iniciativa integra o Programa de Desenvolvimento da Ovinocultura Gaúcha, anunciado em janeiro na Feovelha, principal evento ligado à criação no Estado, no município.
? Fazer esse estudo em todo o Estado seria algo muito difícil. Por acreditarmos que Pinheiro Machado é uma cidade símbolo da ovinocultura, optamos por realizar a pesquisa lá. É um trabalho que deve dar as características fiéis do rebanho gaúcho ? acredita José Galdino Garcia Dias, coordenador do programa.
De janeiro a setembro, 143.129 animais já foram financiados pelo Programa de Desenvolvimento da Ovinocultura Gaúcha, com duas linhas de crédito: para retenção e aquisição de matrizes. Outros 34.040 animais estão tendo o financiamento analisado pela Secretaria Estadual de Agropecuária, Pecuária e Agronegócio.
? Nossa ideia é fazer com que os produtores enviem menos cordeiras para o abate, aumentando o número de matrizes ? finaliza Dias.