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Governo do Rio Grande do Sul quer negociar para Marfrig não fechar frigorífico

Frigorífico confirmou o fechamento da unidade de Alegrete, gerando a demissão de 600 profissionaisO governo do Rio Grande do Sul está disposto a ampliar o pacote de benefícios oferecido para a Marfrig na tentativa de evitar o fechamento do frigorífico localizado na cidade de Alegrete, no oeste do Estado. 

Nesta semana, a empresa comunicou a decisão – sinalizada no ano passado, de interromper as atividades na unidade de Alegrete. Dessa forma, a operação no Rio Grande do Sul ficaria concentrada nas plantas de Bagé, São Gabriel e Pampeano

– Estamos preocupados principalmente com o aspecto social. O fechamento da unidade vai gerar um problema grande para o município – disse o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo (PP/RS), lembrando que hoje mais de 600 pessoas trabalham no frigorífico da Marfrig em Alegrete.

Em nota, a Marfrig explicou que, apesar dos esforços feitos nos últimos meses, a planta de Alegrete permanece deficitária e “sem perspectivas de mudança no curto e médio prazo”, considerando as atuais variáveis de mercado. Entre as dificuldades alegadas estão a falta de matéria-prima e a necessidade de um alto investimento em melhorias estruturais. Por isso, a empresa prefere priorizar as outras três plantas localizadas no Estado, o que, de acordo com a companhia, geraria economias de escala e benefícios importantes.

Nesta semana, o secretário recebeu o diretor da Marfrig para a região sul, Rui Mendonça, para fazer um último apelo: 

– Pedimos que fosse levado à direção da Marfrig o nosso desejo (de manter o frigorífico aberto), e deixamos claro que estamos abertos ao diálogo – disse Polo.  

O governo anterior já havia manifestado à Marfrig a disposição de fazer concessões para garantir a manutenção da planta em Alegrete. Entre as ações discutidas pelo então secretário Claudio Fioreze, estavam a redução do ICMS e a implantação de um programa de identificação de origem do rebanho, o que agregaria valor ao produto comercializado pelo frigorífico.

– Estamos dispostos a manter aquilo que foi lá atrás discutido e ver se tem alguma outra possibilidade que possa ser trabalhada – disse Polo, o atual secretário.

Ele não antecipou que outras medidas poderiam ser adotadas, além das já colocadas pelo governo anterior. Segundo Polo, primeiro é preciso saber se há de fato o interesse da Marfrig em reverter a decisão de interromper as atividades em Alegrete. No entanto, afirmou que qualquer pedido da Marfrig seria estudado, apesar da difícil situação financeira vivida pelo Rio Grande do Sul. 

– Queremos discutir, se eles tiverem uma proposta – garante Polo.

Se a Marfrig não voltar atrás, o governo gostaria que outra empresa assumisse a operação em Alegrete. Fontes do setor garantem que há interessados. De acordo com Polo, o diretor regional da Marfrig sinalizou que esta possibilidade não está descartada. 

O secretário também lembrou a mudança na presidência da companhia que ocorrerá em fevereiro – com a saída de Sérgio Rial e a entrada de Martin Secco Arias. 

– Isso também pode influenciar – cogita o secretário.

O governo gaúcho espera ter um retorno da Marfrig na próxima semana.

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