Governo e setor da carne discutem programa de incentivo ao setor

Entre as propostas do programa Mais Carne está o aumento da segurança, mas lideranças aponta que faltam recursos para defesa agropecuária nos EstadosO governo federal estuda a criação de um plano para aumentar a produtividade e a lucratividade da carne bovina brasileira. Entre as propostas do chamado programa Mais Carne está o aumento da segurança e da qualidade do produto. A ideia foi apresentada nesta terça, dia 24, durante reunião entre o governo e a cadeia produtiva, em Brasília. Representantes do setor aproveitaram o encontro para reclamar do atraso do repasse de recursos federais aos Estados para as ações de defesa agropecuária.

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Representantes de entidades do setor pecuário ouviram as sugestões apresentadas pelo governo federal. O programa Mais Carne será criado visando quatro objetivos principais: desenvolver o melhoramento genético dos bovinos de corte, a ampliação de mercado nas exportações, a incorporação de tecnologia, além de mais segurança e qualidade dos produtos que chegam ao consumidor.

– Estamos num momento de estruturação, colhendo contribuições do setor, analisando e tentando incorporar na proposta – disse João Cruz, chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O setor destaca que há atraso no repasse de recursos prometidos pelo Mapa aos Estados, o que poderá atrapalhar um dos objetivos do programa, que é assegurar a qualidade dos produtos.

– Vamos correr risco muito grande com relação a doenças, pragas e vegetais, e na vigilância em portos e aeroportos. A gente não tem dinheiro, não tem como trabalhar com esse programa se a gente não tem dinheiro – disse Antenor Nogueira, presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina

A atribuição pelas ações de defesa agropecuária, antes de responsabilidade do Mapa, foi repassada aos Estados há dois anos. O acordo previa a destinação de R$ 160 milhões em cinco anos aos governos estaduais. Os ministérios da Fazenda e da Agricultura não comentaram o assunto.

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