Para sustentar a competitividade das agroindústrias dos dois Estados que também precisam de ração, o governo lançará leilões na modalidade Valor de Escoamento do Produto (VEP). Segundo Rocha, o preço final pago pela agroindústria ficará abaixo do preço de mercado, de R$ 30, com a subvenção governamental.
– O governo está trabalhando, dando condições ao produtor para que amenize as perdas que ele teve na questão do milho e não dê problema de abastecimento nem de competitividade – disse Rocha.
Ele explicou que, nas regiões mais atingidas do Rio Grande do Sul, as perdas dos produtores chegaram a 40% em relação ao milho, e, em Santa Catarina, a 35%.
O diretor de Informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Silvio Porto, disse que a estatal tem estocado 1,8 milhão de toneladas de milho, sendo 1,5 milhão no Estado de Mato Grosso.
Além dos leilões de milho, uma novidade que o governo colocará à disposição dos pecuaristas da região Sul com problemas na oferta de ração é a possibilidade de participar de leilões para aquisição de trigo de forma subsidiada. A Conab já tem previsão de gastar R$ 150 milhões na subvenção de aproximadamente um milhão de toneladas do produto, que agora também poderá ser destinada à ração.