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Grão úmido de milho oferece boa digestibilidade e rendimento

Rebanho Gordo apresenta popularização dessa forma de alimentação entre confinadoresA adoção da silagem do grão úmido de milho na alimentação por confinadores de gado não é uma obra do acaso: aumenta o desempenho do gado com custo baixo de implementação.

Desde 1980, os pecuaristas de gado de leite da região de Castro (PR) fazem uso deste insumo. Mas ele só foi incorporado também na criação de bovinos de corte no ano de 2000. De acordo com o zootecnista Fernando Parra, o grão úmido mostra vantagem em relação ao seco no armazenamento de energia, e também na digestibilidade.

– Comparado ao grão seco apresenta de 7% a 11% a mais de digestibilidade. Para ter o mesmo desempenho, usa-se menos úmido que seco – pontua o zootecnista.

A umidade dos grãos garante a consistência para que sua compactação em pilhas seja segura. Na Agropastoril Paschoal Campanelli, no município de Altair (SP), a prática foi incorporada apenas em 2009 – mas já se mostrou frutífera:

– A gente só viu bons resultados e passamos a investir cada vez mais. Aumenta muito a digestibilidade da dieta, os resultados no confinamento foram melhores, aumenta muito a conversão alimentar. A gente vê claramente a diferença. Quando usamos menos, vemos que demora mais –informa a zootecnista Marina Anderson.

De acordo com Marina, a adoção do grão úmido trouxe também redução nos custos operacionais para o confinamento. O produto não precisa passar pela secadora e é armazenado no silo trincheira – assim, cada tonelada do grão úmido, pronto para ser usado, sai por R$ 320,00, o que representa um investimento de 5% a 10% menor se comparado com a utilização do grão seco:

– É muito tranquila a operação dele, só antecipa a colheita, para pegar a umidade correta. A ensilagem é comum, só tem que passar o milho no rolo para a compactação – explica a zootecnista.

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