Desde a última quinta, 27 de outubro, 12 navios foram desviados do porto público de Itajaí por causa da paralisação.
Destes, cinco foram encaminhados para o terminal portuário Portonave, em Navegantes, e sete tiveram de seguir para os portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Entre os produtos exportados por Itajaí estão carne suína, frango, blocos de motores, motores elétricos e compressores. Pelo porto também passam revestimentos cerâmicos, polímeros e produtos têxteis importados.
A paralisação é fruto de uma disputa trabalhista que envolve 54 conferentes do porto e a APM. Uma reunião com representantes dos sindicatos de todo o complexo portuário, a superintendência do terminal, a APM Terminal, uma comissão de greve e um representante do Ministério Público ocorreu na terça, dia 1º, mas o movimento foi mantido.
A empresa quer contratar 24 trabalhadores conforme as regras estabelecidas pela CLT. Hoje, os empregados são contratados como mão de obra avulsa. De acordo com a APM Terminal, o salário médio de um conferente é de R$ 8 mil por mês.
O presidente do Sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga do porto de Itajaí, Laerte Miranda Filho, relata outra situação. Ele diz que não recebeu nenhum documento com propostas da APM.
A proposta do sindicato, que começou pedindo ajuste salarial de 15% acima da inflação, é agora de 7% e exige o cumprimento das regras de contratação para todos os trabalhadores do Porto de Itajaí.