Em visita à Câmara dos Deputados para participar de audiência pública da Comissão de Agricultura, o ministro defendeu a entrada de investidores privados no setor pois, somente assim, o país conseguirá atingir a meta de produzir 2 milhões de toneladas de pescado até 2020. Atualmente, a produção brasileira é de cerca de 700 mil toneladas.
– Nós estamos prospectando parceiros e investidores que se destacam a nível mundial, que são referências na aqüicultura a nível mundial, para que possam estabelecer parcerias com investidores nacionais e, com isso, nós possamos ampliar não só o cultivo, como também a verticalização em nosso país na área da aquicultura – disse ele.
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Barbalho esteve na Câmara para apresentar as estratégias do setor para este ano. Recentemente, foi revelado o Plano Safra da Pesca, que destinará R$ 2 bilhões para custeio e investimento, além de uma linha de crédito específica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo ele, o Plano deve ser lançados em 30 de junho e disponibilizará R$ 2 bilhões a pequenos, médios e grandes produtores. As taxas de juros, afirmou, estarão de acordo com as aplicadas no Plano Agrícola e Pecuário e no Plano Safra da Agricultura Familiar para o ano safra 2015/2016. Ele acredita que haverá recursos sufcientes para atender a demanda.
– Para se ter uma ideia, o Plano Safra primeiro disponibilizou R$ 4,3 bilhões para três anos e só se acessou R$ 1,3 bilhão, então nós estamos, na verdade, agora, em um ano, oferecendo R$ 2 bilhões, com a construção junto com os bancos de fomento e junto com o governo, que efetivamente seja um programa que esteja palpável, que esteja enquadrado naquilo que o nosso cliente efetivamente se adéqua para acessar esses recursos – declarou.
O ministro também detalhou um projeto que está desenvolvendo para reduzir as fraudes na obtenção do seguro defeso. A ideia é apurar com mais profundidade as informações concedidas pelos trabalhadores no momento de registrar a carteira de pescador, um dos documentos que dão acesso ao benefício.
Existia a expectativa de que Barbalho confirmasse o lançamento de um Plano de Desenvolvimento da Aquicultura Brasileira 2015-2020, que, de acordo com as primeiras informações, pretende elevar a produção de pescados em cativeiros a 2 milhões de toneladas em cinco anos, um aumento de três vezes em relação ao atual patamar. Ele não comentou o assunto.
Em 2012, quando foi apresentado plano semelhante, a meta era atingir esse mesmo número de produção, com pesca extrativista e aquicultura, em 2014, o que não ocorreu.