A responsável pelo haras, Ana Paula de Mello, cuida de equinos há 26 e ficou abalada quando soube que mais um animal estava infectado.
– Na hora, eu quase me desesperei porque não sabia como era a doença. Ficava com todos os cavalos do haras. É uma catástrofe, uma tragédia.
Veterinários da Coordenadoria de Defesa Agropecuária e do Ministério da Agricultura foram até o haras sacrificar o animal. No procedimento, foi necessário cavar uma vala padrão, com pelo menos dois metros de profundidade, para que os outros animais não consigam desenterrar o corpo.
O diretor do grupo de Defesa Sanitária Animal do Estado, José Eduardo Alves de Lima, explica que, nessas ocasiões, o cavalo precisa ser abatido, já que a doença é incurável. O mormo é causado por uma bactéria e transmissível ao homem e outros animais. Os principais sintomas são febre, secreção nasal com pus e sangue, ínguas e, na forma mais grave, ataca os pulmões. A taxa de mortalidade é alta. Não existe vacina para a doença.
– O animal teve um resultado positivo no teste de fixação. Aqui é considerado um foco e, por isso, é feito o sacrifício. O risco sempre existe. Nós vamos colher o material de novo e fazer exames nos animais que estão aqui. Depois do resultado, vamos fazer uma desinfecção no haras – apontou.
O haras deverá permanecer interditado por tempo indeterminado. O exame de sangue feito nos outros cavalos da propriedade seguirão para um laboratório do Ministério da Agricultura em Belém do Pará. O resultado deve ficar pronto em até quinze dias.
Outros casos
Foram divulgados mais casos de mormo em outros Estados do país. No Espírito Santo, seis animais que pertenciam à Polícia Militar foram sacrificados. Outros 350 equinos estão com suspeita da doença e passaram por exames.
Em Minas Gerais, o Instituto Mineiro Agropecuário (IMA) interditou, de maneira preventiva, o regimento da cavalaria da Polícia Militar, em Belo Horizonte. A decisão foi tomada depois que o instituto recebeu denúncia de que um animal com suspeita de mormo esteve no local.