Na região da Amazônia Legal (que abrange toda a região norte e parte do Maranhão e de Mato Grosso) a queda foi de 5%. Entretanto a quantidade de cabeças de gado nessa área cresceu 78% na comparação 2007-1997, com destaque para o sul do Pará, o norte de Mato Grosso e Rondônia. Em 2007, 35% do rebanho bovino nacional estava na Amazônia Legal.
O rebanho bovino brasileiro tem se deslocado em direção ao Norte do país, em parte, devido à disputa por área com as lavouras de cana, soja e milho no centro-sul. Entretanto, houve uma redução no ritmo de crescimento do rebanho bovino na região, de 46%, de 1997 a 2002, para 22% entre 2002 e 2007. De 2006 para 2007, houve uma queda de 5% na quantidade de bovinos na Amazônia Legal, que chegou a 69,575 milhões de cabeças, o equivalente a 34,8% do rebanho nacional.
Segundo o IBGE, a diminuição do rebanho bovino brasileiro ocorreu em razão da descapitalização dos produtores em 2006, o que levou à falta de investimento no ano seguinte, e à reavaliação das estimativas após o Censo Agropecuário 2006. O abate de matrizes, por sua vez, resultou numa menor oferta de carne, o que contribuiu, ao lado da demanda aquecida, para a manutenção dos preços elevados em 2007.
Os maiores rebanhos bovinos estão no Mato Grosso (representando 12,9% do gado nacional), seguido de Minas Gerais (11,3%) e Mato Grosso do Sul (10,9%). A participação no valor total dos produtos da agropecuária (leite, ovos de galinha e de codorna, mel, casulos de bicho-da-seda e lã) foi de R$ 20,2 milhões em 2007, tendo Minas como líder (26,1%), seguida de São Paulo (10,8%) e Rio Grande do Sul (10,0%).
Durante o período analisado, Minas Gerais, que ao contrário da maioria das outras regiões apresentou crescimento no rebanho do gado bovino (1,7%), deixou a posição de 3º lugar em rebanhos de bois e ultrapassou o Mato Grosso do Sul, estado que segundo dados das pesquisas anteriores vem perdendo cabeças de gado nos últimos três anos.