De acordo com o coordenador regional do IMA, Marco Túlio Pelaquim, todos os animais da fazenda fizeram o exame de fixação de complemento (FC) na última quinta, dia 28, e apenas em um animal saiu o resultado saiu alterado.
Com isso, por medida de segurança, o instituto interditou a fazenda e isolou o animal, que também não apresenta sintomas de mormo. O resultado fica pronto entre 15 e 20 dias e será divulgado pelo Ministério da Agricultura. Caso seja confirmada a doença, o animal terá de ser sacrificado.
Mormo
O mormo é uma doença infectocontagiosa grave que ataca os equídeos (equinos, asininos e muares), mas que pode acometer outras espécies de maneira acidental, como o homem (zoonose), carnívoros e pequenos ruminantes. A doença é causada pela bactéria Burkholderia mallei, que ocasiona alta taxa de mortalidade nos equídeos e, no homem é fatal. Os sinais clínicos mais frequentes são: febre, tosse e corrimento nasal.
A doença pode se manifestar na forma aguda ou crônica, sendo que a forma crônica, geralmente, ocorre em equinos e a forma aguda em muares e asininos. Em equídeos os sinais são classificados em três categorias: nasal, pulmonar e cutânea.
A principal via de infecção é a digestiva, podendo ocorrer também pelas vias respiratórias, genital e cutânea. Animais infectados e portadores assintomáticos são importantes fontes de infecção.
A disseminação do agente no ambiente ocorre através da água, alimentos (forragens, melaço), fômites (bebedouros, cochos, equipamentos de montaria compartilhados). A mosca doméstica também pode contribuir para a disseminação da bactéria.