Impulsionado pela baixa oferta, preço do suíno subiu na maior parte de outubro

Além dos altos patamares de preços, o período de final de mês também inibiu o consumoImpulsionados principalmente pela baixa oferta, os preços do suíno subiram na maior parte de outubro, segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A valorização do suíno também foi repassada para a carne comercializada no atacado da Grande SP.

>> Leia mais notícias sobre suínos
>> Acompanhe a cotação do suíno

Segundo colaboradores do Cepea, o plantel de matrizes em 2013 diminuiu em relação ao ano passado. Além disso, quando os preços do suíno vivo estavam em queda no primeiro semestre, suinocultores ofertaram animais abaixo do peso ideal para abate para manter a receita. Dados do IBGE mostram que o peso médio por suíno abatido no segundo trimestre de 2013 (números mais recentes) caiu dois quilos na comparação com os mesmos meses de 2012.

Como resposta, a oferta diminuiu no segundo semestre, e as cotações, tanto ao produtor quanto no atacado, subiram. Ao pagar mais pelo vivo, frigoríficos pediam valores maiores pela carne, obtendo sucesso na maioria dos casos, favorecidos pelas demandas internas e externas relativamente firmes. Esse cenário perdurou até a última semana de outubro, quando a demanda se enfraqueceu. Além dos altos patamares de preços, o período de final de mês (tradicionalmente de vendas menores) também inibiu o consumo. Frigoríficos, então, passaram a vender carcaças a valores mais baixos e a pressionar as cotações no momento de adquirir novos lotes de animais para abate.

No mês (entre 30 de setembro e 31 de outubro), as cotações do suíno vivo e da carne acumularam altas. A carcaça comum suína no atacado da Grande São Paulo teve aumento de 10,2%, passando para R$ 6,01/kg no dia 31. A carcaça especial se valorizou 8,7% no período, indo para R$ 6,28/kg, também no atacado paulista.

No mercado de suíno vivo, os Indicadores Cepea/Esalq de SP e MG subiram 11,1% e 7,5%, respectivamente, no acumulado de outubro, com o quilo do animal passando para R$ 4,09/kg e R$ 4,16/kg, em média, no encerramento do mês. No Sul, os aumentos foram de 11,3% no Indicador de SC, de 10,6% para no do RS e de 3,7% no do PR – nessas regiões, os preços médios passaram para R$ 3,13/kg, R$ 3,03/kg e R$ 3,22/kg, na mesma ordem, no dia 31.

Acesse a íntegra do boletim