Cada talhão tem cerca de duas mil plantas cítricas. Em levantamento por amostragem realizado entre maio e julho por 170 inspetores, foram percorridos sete mil talhões. Em cada um deles, 10% das árvores foram inspecionadas. No total, 38,8% dos talhões apresentavam ao menos uma planta com greening.
A região paulista mais afetada pelo greening é a Central, com 61,7% dos talhões com ao menos uma planta contaminada em 2010, ante 33,1% de talhões com a doença no levantamento anterior. Os dados mostram o descontrole no avanço da doença na região, a primeira a registrar o greening no país. A região Central é ainda a que concentra o maior índice de árvores com sintomas: 3,5%.
A região Sul tem 44% de talhões contaminados em 2010, ante 36% no ano passado, quando liderava o ranking. No Sul, o índice de plantas doentes cresceu de 1,23% para 2% entre os períodos, de acordo com o Fundecitrus. Na região Oeste, o número de talhões que estão com greening saltou de 10% para 21,4% entre 2009 e 2010 e o de plantas sintomáticas de 0,06% para 0,34%.
A região Norte tinha 3,67% de talhões com a doença no passado e a incidência disparou para 16,4% dos talhões em 2010. Já as árvores com sintomas no norte do parque citrícola saiu de 0,03% para 0,39% entre os períodos. Na região Noroeste, a menos contaminada, tem 2,4% de talhões com greening em 2010, ante 0,10% no ano passado e as de árvores doentes subiram de apenas 0,0008% para 0,05% nos pomares.
A disparada do greening em São Paulo ratifica a decisão do Fundecitrus de deixar as ações de vigilância fitossanitária no Estado este ano, sob o argumento de que a doença estava fora de controle. Desde o início de 2010, o Fundecitrus faz apenas a orientação ao produtor para o controle do greening.
A legislação exige que o produtor faça no mínimo quatro inspeções anuais e entregue dois relatórios durante o ano. O produtor que não erradicar as plantas antes da fiscalização da CDA será penalizado pela Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo com uma multa que varia de 501 a 3,5 mil Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (UFESPs).