Turra observa que a alta do dólar é benéfica para o setor exportador de carne de frango, “que trabalhou no vermelho e sofreu como nunca”. Ele diz que se não houvesse a demanda aquecida, que impulsionou os preços internacionais, o setor estaria inviabilizado.
Em relação ao patamar ideal da cotação do dólar para atender as expectativas do setor, Turra afirmou que é difícil apontar um número, pois depende muito dos preços dos insumos e dos valores de venda da carne no mercado internacional. Ele disse que o ideal seria falar em uma cotação do dólar entre R$ 2 a R$ 2,10, “mas isto é impraticável”. Ele defende uma consistência na política monetária, que dê previsibilidade para viabilizar os investimentos. Na opinião do ex-ministro, “o pior dos mundos é quando se vende a um preço e depois o dólar despenca. Isto já levou impérios à ruína, como foi o caso da Sadia com as operações de derivativos.”
Na opinião do presidente-executivo da Associação dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, a alta do dólar esta corrigindo uma distorção. Segundo ele, os patamares anteriores da moeda norte-americana em relação ao real não eram verdadeiros. Para o executivo, distorção que existe no dólar não é comercial e sim financeira, como a arbitragem de juros e as especulações contra o real.
? Estamos caminhando para um valor mais realista. Acho que veio em boa hora ? disse.