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Independência reúne pecuaristas e sugere leilão para arrendar ativos

Frigorífico tenta uma saída alternativa para uma eventual falênciaApós a fracassada tentativa de realizar um leilão de venda de ativos, cujas propostas foram rejeitadas pelos seus credores em assembleia geral no início do mês, o frigorífico Independência tenta agora arranjar uma outra solução que evite a falência. Na última segunda, dia 17, advogados e sócios da empresa, que está em recuperação judicial desde maio de 2009, se reuniram com representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), de Goiás (Faeg) e de Mato Grosso (Fa

De acordo com o assessor jurídico da Famasul, Carlo Daniel Coldibelli, que participou das discussões, a intenção do Independência é trabalhar mais próximo dos credores pecuaristas na busca de uma solução para o frigorífico.

? Eles [Independência] estão pensando em preparar um novo leilão, mas dessa vez, ao invés da venda de ativos, seria para arrendar as unidades. Com essa receita, os débitos com os credores pecuaristas e fornecedores seriam quitados prioritariamente e depois os dos outros credores ? explicou Coldibelli.

As unidades que poderão fazer parte do novo leilão são as mesmas que constaram na tentativa de venda de ativos: três unidades industriais – sendo uma em Nova Andradina e uma em Campo Grande, ambas em Mato Grosso do Sul, e outra em Senador Canedo, em Goiás -, um curtume em Nova Andradina (MS), dois armazéns (Santos e Barueri, no Estado de São Paulo) e quatro terrenos.

Nas duas últimas assembleias os credores pecuaristas já haviam sugerido uma solução na qual eles seriam envolvidos diretamente. A ideia era a transferência – via venda ou dação – de uma ou mais unidades produtivas a eles. Os pecuaristas gerariam esses ativos, colocando-os em operação, e com o dinheiro oriundo das atividades dessas unidades o pagamento aos credores seria feito aos poucos. 

? A sugestão anterior era viável, mas o trabalho seria muito complexo. Geraria um problema operacional, já que o grupo de credores que poderiam assumir as unidades teria que se transformar em pessoa jurídica, por exemplo. Arrendar unidades é a proposta mais saudável. Além de ser mais fácil para encontrar interessados do que uma venda, é boa para nós [pecuaristas], para a empresa, já que não liquidará seu patrimônio e para os credores financeiros, que não perderão suas garantias e evitará o sucateamento da linha de produção da empresa ? informou o assessor jurídico da Famasul.

Para efetivar a nova solução, cada federação fará reuniões com seus credores representados para a ciência e concordância de todos os envolvidos sobre o assunto. Caso haja consenso, a alternativa será levada para discussão e votação na próxima assembleia, que ainda não tem data definida e que pode até ser realizada somente no ano que vem.

A Famasul informou que realizará reunião com seus credores na próxima segunda, dia 24, assim como a Famato. A Faeg deve promover esse encontro nesta sexta, dia 21.

? O momento que estamos vivendo é o amadurecimento de todas essas assembleias que tivemos ? enfatizou Coldibelli.

Falência

Com o encerramento da última assembleia, o Independência voltou à posição de inadimplente e vários pedidos de falência (de credores pecuaristas, bancos, fornecedores) foram protocolados no Fórum de Cajamar (SP). Para decretar a concordata do frigorífico seriam necessários ainda os pronunciamentos do Ministério Público, do administrador judicial e da empresa para a decisão final da juíza do processo. Entretanto, a nova solução pode salvar o frigorífico de uma eventual falência. As dívidas do frigorífico estão em cerca de R$ 2,1 bilhões.

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