– Os jovens estão indo embora por uma melhor oferta de trabalho na cidade, por menos horas de trabalho. Enquanto que no meio rural se trabalha de 14 a 16 horas por dia, sem férias, sem direitos, sem benefícios, na cidade se trabalha 11 meses e se recebe 13 meses. No meio rural, pagamos para trabalhar em muitas ocasiões, como neste momento – desabafa.
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De acordo com Lorenzi, como os custos estão muito altos, as margens de lucro já saíram da atividade.
– Essa situação gera uma preocupação muito forte, porque os nossos custos de produção têm aumentado pela questão da alta dos grãos. É preocupante esses altos valores da soja e, principalmente, do milho em época de safra – relata.
O presidente da ACCS não entende a queda nas cotações dos suínos.
– Não entendo porque, enquanto outras carnes batem recordes de preço, no suíno não há excedente de peso no mercado, não há oferta de animais e, o pior de tudo, as indústrias estão comprando suínos de produtores independentes porque falta integração e o preço está caindo. Para essas questões, falta uma explicação – declara.
Ele também afirma que os preços não caíram ao consumidor final. Segundo ele, essa é a grande questão que ninguém responde. Ele acredita que isso precisa ser equalizado.
– Por que para o produtor caiu e para o consumidor final, não? – questiona.
No entanto, as perspectivas são boas na exportação.
– Pretendemos fechar 2014 com bons resultados e contabilizar bons lucros na atividade – afirma.
>> Confira a entrevista na íntegra: