Dados do sistema informatizado da Gestão de Defesa Animal e Vegetal (Gedave), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, divulgados recentemente, indicam que 99,36% do rebanho bovídeo (bovinos e bubalinos) foi vacinado contra a febre aftosa na segunda etapa da campanha de vacinação, realizada em novembro de 2016.
O total de bovídeos envolvido na etapa foi de 11 milhões de cabeças. Em comparação com o mesmo período de vacinação do ano anterior houve um acréscimo de 700 mil cabeças, ou seja, o rebanho paulista cresceu 6,8%. O índice de vacinação, se comparado com o mesmo período do ano anterior, também é superior. Passou de 99,02% de animais vacinados em novembro de 2015 para 99,36% em novembro de 2016, comprovando que o criador está zelando pela sanidade de seus animais.
O Estado registra um total de 131.787 propriedades com bovídeos e destas, 97,13% realizaram a vacinação e comprovação o processo dentro do período estabelecido pela legislação. “O produtor que deixa de vacinar no período estipulado tem a propriedade interditada para comercialização tanto dos animais como de produtos como, por exemplo, o leite, é notificado para que faça a vacinação compulsória dos seus animais com acompanhamento do serviço oficial de defesa e recebe um auto de infração da ordem de 5 Ufesps por animal não vacinado dentro do prazo”, explicou o coordenador da Defesa Agropecuária, Fernando Gomes Buchala.
Buchala lembra ainda que o Estado de São Paulo está sem registro da febre aftosa há mais de 20 anos (o último foco registrado foi em março de 1996), mas o Governo do Estado e o setor produtivo têm um compromisso com os parceiros comerciais para manter esta doença erradicada dos planteis, o que torna necessário manter elevados os índices de vacinação.
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, ressaltou a importância da campanha para manter a sanidade do rebanho paulista. “O Estado de São Paulo tem 5% do rebanho nacional, mas aqui se concentra mais de 20% do total de animais em fase de terminação e abate, por isso há a necessidade de manter o alto padrão no controle da doença. Assim, garantimos a saudabilidade dos alimentos, uma determinação do governador Geraldo Alckmin para a Pasta”, comentou.
Encerrada
A segunda etapa de vacinação foi realizada de 1 a 30 de novembro de 2016 com a vacinação de todos os bovinos e bubalinos da propriedade e o criador teve até o dia 7 de dezembro do mesmo ano para comprovar a vacinação através do sistema Gedave, vinculado ao órgão oficial de defesa agropecuária.
Durante o período de campanha, equipes da Defesa saem a campo para fiscalizar as vacinações. Foram fiscalizadas 28 vacinações, com um total de 1.061 animais vacinados. Durante o procedimento há a verificação da nota fiscal de compra das vacinas, da conservação do produto, do número de animais e da aplicação da vacina.
Outra atividade das equipes é a realização de vacinações assistidas. Nesta etapa foram assistidas vacinações em 991 propriedades, com um total de 68.139 bovídeos. O procedimento é o mesmo realizado na fiscalização e o profissional da Defesa deve acompanhar toda a vacinação.