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Indústria de leite longa vida prevê alta no consumo e nos preços em 2012

Segundo pecuaristas, no entanto, aumento também é registrado nos custos de produçãoA demanda pelo leite longa vida registra crescimento desde o ano passado, mas, segundo representantes do setor, o custo de produção também aumenta. Em 2011, a alta no consumo foi de 6,7% e a expectativa, segundo o presidente da Associação Brasileira de Leite Longa Vida, Nilson Muniz, a tendência é de alta também em 2012.

– Nós viemos de um crescimento muito grande e esperamos mesmo assim um aumento na casa de 4% em 2012. Nós temos observado um consumo maior das famílias e também da penetração do longa vida em regiões como o Nordeste – afirma.
 
Com o momento favorável ao consumo, o que preocupa a cadeia produtiva é a ampliação do custo de produção, que chega a casa de 19%. Rafael Ribeiro é analista de mercado e explica que esse custo maior está ligado, principalmente, à ração animal.
 
– É um fato preocupante, porque a gente tem o farelo de soja subindo bastante, o preço do caroço de algodão, o preço do farelo de algodão também bem mais caro do que estava em 2011, entre 30% e 40%. Isso que já foi um ano mais caro. Significa um estreitamento da margem para o pecuarista – aponta.
 
De acordo com o presidente da Associação Leite Brasil, Jorge Rubez, dos 19% de aumento nos gastos, os produtores repassaram 15% para a indústria.

– Se passar esse custo de produção ao consumidor final, existe uma tendência de diminuição do consumo. Então, a gente vive no fio da navalha. Se aumentamos, diminui o consumo. Se diminui, tem prejuízo. Na verdade, na cadeia do leite existe o produtor, a indústria e o varejo. E quem ganha pelo menos em margem são os supermercados. Tanto indústria quanto produtor estão passando por uma fase muito difícil – opina.

Para Muniz, a situação deve começar a mudar. Segundo ele, a indústria segurou os preços durante todo o ano de 2011 e até o primeiro semestre de 2012. Agora, porém, deve repassar o aumento ao varejo.

– Nós imaginávamos que fosse um período que tivesse fim com a entrada da safra. Isso contribuiu e temos em 2012 um cenário muito parecido e a rentabilidade impactada pelo preço da matéria-prima. Certamente, terá um momento em que o custo será repassado para o varejo – diz.

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