Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Indústria quer consolidar exportações de couro para indústrias automobilísticas

Mas carga tributária pesada dificulta o desenvolvimento do setorNos últimos anos o mercado de couros passou por um processo de transformação no Brasil. A modernização das indústrias agregaram valor ao produto e alavancaram as exportações, mas os encargos tributários ainda dificultam o desenvolvimento do setor.

O país é o segundo maior exportador de couros do mundo, atrás apenas da Itália. Em 2014 foram exportadas 35 milhões de peles, uma receita de quase US$ 2,947 bilhões, um aumento de 17,4% na receita em comparação com 2013, de acordo com dados do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB).

– O Brasil vem fortemente crescendo na exportação do couro acabado, isso na pauta das exportações é muito importante porque você exporta praticamente o mesmo volume de couros, mas com maior valor agregado – analisa o presidente do Sindicato da Indústria de Artefato de Couro do Estado de São Paulo, Wayner Machado.

A desvalorização da moeda americana e a qualificação do setor tornam o produto brasileiro mais competitivo no exterior. Somente no ano passado, países como China e Estados Unidos importaram quase 120 milhões de calçados brasileiros.

– Se nós continuássemos trabalhando como trabalhávamos no passado, já estaríamos excluídos do mercado produtivo. Ao longo dos anos foram criados centros de inovação e tecnologia e de formação de designers e isso vêm ajuda muito com o sistema produtivo. Você não consegue fazer um produto com mais tecnologia e inovação se você não tiver formação profissional – aponta Machado.

O Brasil produz por ano cerca de 45 milhões de peles e exporta quase 80% desse montante. Receita que é importante não só para a balança comercial, mas também para o mercado interno. Dentro do país, o setor de couros emprega aproximadamente um milhão de pessoas desde a produção até a distribuição do produto.

– As pessoas pagam mais caro para ter um carro com o interior de couro e existe um dado em que há um ganho de market share na seguinte proporção: se a indústria automobilística cresce no valor de 2% ao ano, o uso de couro dentro desses carros cresce a 4% – diz o diretor comercial da Divisão de Couros JBS, Cesar Gaertner.

Para 2015, o Brasil deve buscar a consolidação das exportações de couro para as indústrias automobilísticas. Para isso, o desafio é reduzir os gastos com matéria prima e encargos tributários, que hoje representam mais da metade do custo de produção.

– Para sermos competitivos, precisamos produzir bons produtos com preços competitivos e não o contrário. Aumentar os preços não ajuda o sistema de produção. Pelo contrário, prejudica não só o sistema de produção, mas, principalmente, a classe trabalhadora – aponta Wayner Machado.

Sair da versão mobile