? O animal superior foi valorizado porque não precisará mais esperar a campanha funcional ou morfológica para a fase de cria ? opina Euro Taborda Ribas, da Cabanha Pena Branca e um dos organizadores do II Leilão Caratuva.
Com a permissão para a inseminação artificial, surge também uma expectativa de que as compras fiquem mais acessíveis. O presidente da ABCCC, Manuel Luis Sarmento, pondera que pequenos criadores terão acesso ao sêmen, que é mais barato.
? O mercado vai aquecer ainda mais ? disse.
À frente da Cabanha Campana, de Bagé (RS), Mário Moglia Suñé vê outra vantagem, a possibilidade de os novos criadores terem acesso à genética de qualidade do Sul. Suñé fala com conhecimento de causa. Nos últimos dois anos, o remate Têmpera Crioula ? das cabanhas Campana, Cala Bassa e Convidadas ? esteve entre as maiores médias nacionais (R$ 42 mil em 2009 e R$ 39 mil em 2010). Por isso, o otimismo se mantém para o leilão deste ano, que será realizado no próximo dia 14.
Os organizadores do II Leilão Caratuva fizeram apostas em expoentes da raça como a genética campeã de Viragro Rio Tinto e acabaram dobrando o faturamento em relação a 2010, alcançando a soma de R$ 2,95 milhões, até o momento a maior deste ano, conforme a ABCCC. Levar para a pista uma genética de qualidade comprovada se justifica. O leiloeiro Fábio Crespo afirma que a motivação está na concorrência em termos de oferta e também no comprador, que “está muito seletivo”.
O resultado aparece nos números. O presidente da ABCCC lembra que a raça teve aumento de 1.000% no faturamento nos últimos 10 anos.
? Saímos de R$ 10 milhões em 2001 para R$ 100 milhões no ano passado ? declarou.
Depois de um 2010 de números recordes ? a venda de apenas dois animais superou a marca dos R$ 2 milhões ?, 2011 deve fechar com uma soma entre R$ 70 e R$ 80 milhões. Até o momento, a comercialização chegou a R$ 50 milhões.