A Diplomata, que está em recuperação judicial desde o início de agosto, oficializou que encerrará os abates em Santa Catarina após o recolhimento das aves que estão alojadas. Segundo a nota oficial que comunica o encerramento das operações, a empresa ainda teria 10 milhões de aves alojadas com seus integrados. A Diplomata tem ainda um frigorífico em operação, em Capanema (PR).
Segundo Fantichelle, a migração dos criadores para o Agrodanieli foi possível graças a uma decisão judicial para o rompimento dos contratos, já que a Diplomata não aceitou o desligamento dos integrados. Mesmo quem segue com aves alojadas, cerca de 15 avicultores em todo o Estado, enfrenta a falta de ração, que alcança até sete dias.
— Hoje pela manhã falei com a empresa para que ao menos mandem ração para os animais alojados, para que eles parem de se bicar. Nada está oficializado ainda — disse Fantichelle.
Ele afirmou que os criadores seguem com dificuldades de receber pagamentos pelos lotes já entregues, e estimou que produtores tenham entre dois e quatro lotes ainda por receber, com atrasos que chegam a seis meses.
— O produtor se descapitalizou. O próximo passo agora é dar um encaminhamento para as dívidas — comentou.
Fantichelle disse que, desde o início da crise da Diplomata, a associação buscou alternativas para que os criadores seguissem na atividade, além de tentar o cancelamento de contrato com a Diplomata. No sistema integrado de criação de frango, a empresa integradora é responsável pelo fornecimento das aves, ração e assistência técnica ao criador, além realizar o abate e comercialização. O produtor integrado entra basicamente com as instalações e mão de obra.