A expectativa é de que 929 mil animais saiam do confinamento para o abate. Em 2011, foram 813 mil animais confinados e, em 2010, foram mais de 592 mil cabeças. Nos últimos três anos, o confinamento em Mato Grosso aumentou em 57%.
– A seca que atingiu os pastos de Mato Grosso em 2010 reflete ainda hoje, pois faltam linhas de crédito compatíveis para resolver este problema – analisa o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
O levantamento da intenção de confinamento em 2012 foi feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), através de entrevistas por telefone, com 140 confinadores de gado, produtores e empresários. Os destaques ficam para as regiões noroeste e oeste de Mato Grosso. A região noroeste teve uma redução de 22% no número de intenções de animais confinados, caindo de 4.750 mil animais para 3.700 mil.
– Nesse caso, a falta de frigoríficos para abate e as condições das estradas são pontos relevantes para essa queda – comenta Vacari.
Na região oeste do Estado, o crescimento na intenção de confinar subiu 32%. Em 2011, engordaram nesse sistema 159.905 mil animais e este ano deve chegar a 211.160 mil cabeças. Esse aumento também tem reflexo na seca de pastagem e na maior participação dos frigoríficos em confinar.
Na região nordeste do Estado não houve nenhuma variação e a intenção de confinamento será de 147.940 mil cabeças. A região norte subiu 5%, passando de 20,050 mil cabeças para 21.050 mil. No médio-norte, o registro foi de 11% de aumento, passando de 186.103 mil cabeças para 206.540 mil.
No centro-sul matogrossense, a pesquisa aponta que 110.044 mil cabeças serão confinadas, sendo que, em 2011, chegou a 98.371 mil cabeças, alta de 12%. No sudeste, 229.508 mil cabeças serão engordadas no sistema de confinamento, contra 196.976 mil, no ano passado, o que representa uma diferença de 17%.
De acordo com Vacari, o produtor precisa avaliar, no momento da tomada de decisão, os custos e a rentabilidade, para não assumir riscos desnecessários.
– O confinamento é uma alternativa para engorda o gado para o abate, por isso a tendência é crescer ainda mais, mas esse montante não atende a demanda e os frigoríficos ainda continuarão dependendo do gado criado a campo.