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Interconf 2011: gestão da propriedade ajuda a melhorar eficiência da produção

Tema é debatido na Conferência Internacional de Confinadores em Goiânia (GO)A eficiência no confinamento não depende só do trabalho feito nas propriedades rurais, mas também da gestão. Essa é uma das discussões da Conferência Internacional de Confinadores (Interconf), que ocorre até esta quinta, dia 15, em Goiânia (GO).

O professor Juliano Fernandes, da Universidade Federal de Goiás (UFG), coordena duas pesquisas sobre confinamento, uma de redução de custos com a ração e outra sobre a eficiência alimentar, considerando a genética dos animais. O sistema experimental na universidade reproduz um confinamento tradicional, como o que é visto em muitas propriedades. No entanto, a intenção neste caso não é lucrar com a venda dos animais, mas oferecer ao mercado o melhor deles, o que dá mais retorno ao pecuarista.
 
O professor explica que o resultado depende do que o animal come e da característica que ele tem. Não importa a raça, neste caso o segredo está na genética.
 
? Sabemos que o touro consegue levar 50% do material genético. Então esse animal vai melhorar os filhos. O trabalho é de longo prazo, mas se a gente conseguir realizá-lo com sucesso, o custo de produção vai reduzir ? explicou Fernandes.   
 
O pecuarista Ronaldo Rodrigues da Cunha participa da Interconf e na sua propriedade chega a ter 28 mil animais em confinamento em um ano. O custo que ele tem na criação do gado está na média da maioria dos pecuaristas da região onde mora. Para cada arroba de animal terminado, o pecuarista gasta em torno de R$ 72. Para manter esta média, Cunha usa na ração sorgo e milho, que ele mesmo produz na fazenda. No entanto, o pecuarista afirma que para ter eficiência, a estratégia é pensar no lucro antes mesmo do animal chegar ao cocho.
 
? A gente começa lá atrás tentando trazer o garrote, a sua arroba de boi magro o mais barato possível. A outra parte é a alimentação. Você precisa estar atento ao mercado, procurando comprar as coisas de forma antecipada. Existe uma planilha onde você coloca os produtos disponíveis na sua região e de acordo com o mesmo valor nutricional da dieta confere o que é mais atraente em termos de custos ? disse Cunha.
 
O pecuarista Alberto Pessina, outro participante da Interconf, comenta que tem ficado atento ao mercado para saber quanto e quando pode lucrar mais. Isso tanto na compra como na venda do gado. Do rebanho de seis mil cabeças que confinou este ano numa fazenda no interior de São Paulo, tudo já foi comercializado no mercado futuro. Há uns três meses ele fechou contrato com vencimento pra outubro e conseguiu até R$ 107 por arroba. A margem de lucro chega a 19%. No entanto, se realizasse a venda esta semana provavelmente não conseguiria mais que R$ 102, cotação desta quarta, dia 14. Sinal de que gestão eficiente é saber fazer negócio na hora certa também.
 
? A oportunidade apareceu lá atrás e nós fizemos o hedge. Mas quem não fez, hoje não há mais oportunidade no mercado futuro de fazer este hedge e tem que vender o gado. Nós conseguimos fazer um bom negócio ? afirmou Pessina.

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