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Investimento em melhoramento genético estimula a agropecuária mineira

Aumento da qualidade e da produção de carne, leite e aves é um dos benefícios da prática, que começa a ganhar espaço no agronegócio em MGA pecuária mineira começa o ano com boas perspectivas de recebimento de novos investimentos em melhoramento genético, contemplando principalmente a bovinocultura de corte e de leite, e a avicultura. Aos poucos, o Estado vem utilizando a biogenética para melhorar a qualidade e incrementar sua produção de carne, leite e aves, atraindo a atenção de empresas mundiais.

Segundo a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), a bovinocultura mineira tem, atualmente, um rebanho estimado em 23,5 milhões de cabeças, o que representa um Produto Interno Bruto (PIB) de aproximadamente R$ 12,8 bilhões. Além disso, o Estado se mantém como maior produtor de leite do país, respondendo por cerca de 27,3% da produção nacional, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) – o que equivale a 8,5 bilhões de litros, uma receita aproximada de R$ 6,8 bilhões.

– A evolução genética tem possibilitado ganhos visíveis para a pecuária mineira. Em gado de corte, rusticidade, precocidade e fertilidade têm resultado na redução da idade do primeiro parto de fêmeas e diminuição de quatro para dois anos a idade de abate de machos – destaca José Alberto de Ávila Pires, coordenador técnico de bovinocultura da Emater.

Segundo Pires, as raças que têm atraído mais atenção de produtores rurais e empresários são Nelore, Gir e Guzerá. Também já despontam, com relação ao aumento de investimentos em melhoramento genético, as raças Brahman, Sindi e Indubrasil.

Dados da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), sediada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, revelam que, anualmente, a entidade registra em todo o país mais de 600 mil zebuínos. A associação detém o maior banco de dados do mundo sobre a raça zebu, com mais de 12 milhões de animais cadastrados. Através do Programa de Melhoramento Genético de Zebuínos (PMGZ) a entidade acompanha mais de 3,6 mil rebanhos em todo o país.

No ano passado, a entidade registrou mais de 720 mil animais no país, o que representou um crescimento de 5% em relação a 2011. No tema do melhoramento genético, o destaque ficou por conta do número de registros de touros reprodutores Puros de Origem (PO), que vem crescendo ano a ano, chegando a 44.529 animais. Segundo a ABCZ, nos últimos seis anos, o registro de reprodutores PO teve um crescimento aproximado de 60% em todo o país.

Avicultura também se beneficia
O melhoramento genético na avicultura também tem perspectivas de crescimento. Em fevereiro, a Cobb-Vantress, empresa subsidiária da norte-americana Tyson Foods, colocará em operação a primeira etapa de um novo complexo avícola que está sendo instalado em Itapagipe, na região Sul de Minas. Trata-se de um investimento de US$ 20 milhões que colocará o Estado como um dos maiores produtores mundiais de frangos de alta qualidade genética.

– A escolha de Minas Gerais se dá por conta do status sanitário e da biossegurança da região de Itapagipe e Campina Verde, localidades de baixa densidade avícola. A Cobb prioriza a segurança sanitária em suas unidades, fator que é exigência número um da indústria nacional, dos órgãos certificadores e dos países importadores – ressalta o diretor geral da empresa no Brasil, Jairo Arenazio.

Com previsão de concluir a segunda etapa de implantação no primeiro semestre de 2014, o complexo aviário de Itapagipe será um dos mais modernos do setor e responsável por 8% do total de matrizes alojadas no país, cerca de 3,5 milhões de aves denominadas “frango do futuro”.

Trata-se de um animal que é criado a partir da mais alta tecnologia genética, onde são exigidas e selecionadas cerca de 50 características. Entre elas, estão a capacidade de ingerir menor quantidade de ração, capacidade de maior ganho de peso, menor espaço de tempo para o abate e maior rendimento de carnes nobres. Com isso, consegue-se reduzir em cerca de 6% os custos de produção e o consumidor tem uma carne de melhor qualidade.

As avós e matrizes das aves são originárias de pesquisas tecnológicas desenvolvidas nos Estados Unidos e na Holanda. Em Itapagipe, a empresa já possui uma unidade de produção de linhas puras (bisavós), que é responsável por 40% da produção dos negócios da empresa no mundo.

– Nossas instalações são totalmente automatizadas e mesmo assim empregamos 169 funcionários. Pretendemos aumentar este número com as novas expansões – completa o diretor.

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