Participaram da eleição representantes de todas as 31 cooperativas associadas à CCPR/Itambé, as quais congregam 8,5 mil pecuaristas e contribuem com uma captação diária de 3,1 milhões de litros de leite. A CCPR/Itambé tem ainda 3,3 mil funcionários em cinco unidades processadoras, quatro em Minas Gerais e uma em Goiás. A empresa tem um portfólio de mais de 150 produtos.
A reeleição de Gontijo marca a manutenção na CCPR/Itambé do grupo que está há mais de 40 anos no poder da central de cooperativas, que até 2008 foi comandada pelo ex-presidente José Pereira Campos, que só enfrentou, e venceu, um candidato de oposição, em 1975. Após enfrentar problemas de saúde, Campos foi substituído por Gontijo, então diretor comercial da CCPR/Itambé, há três anos.
Gontijo está há 21 anos na CCPR/Itambé e, além da oposição, enfrentou críticas de Nogueira Netto durante a campanha, principalmente pelo fracasso do projeto de formar a maior cooperativa de leite da América Latina. Entre 2009 e 2010, a CCPR/Itambé negociou a fusão com as cooperativas Centroleite, de Goiás, Confepar, do Paraná, além das mineiras Cemil e Minas Leite. Da fusão entre elas surgiria uma cooperativa com faturamento de R$ 4 bilhões por ano. No entanto, por divergências em relação à fatia de cada uma na composição societária, Centroleite, Cemil e Minas Leite deixaram as negociações.
Em entrevista, Gontijo classificou como “abertas” as negociações para a ampliação do quadro de cooperativas da CCPR/Itambé. Ele garantiu ainda que as conversas com a Confepar “estão bastante adiantadas”.