O abate de frangos vinha sendo reduzido pela Doux desde janeiro, quando a crise da empresa se intensificou e teve início um rodízio de férias coletivas para os funcionários das plantas de Passo Fundo e Montenegro. Em meio às negociações com o JBS, em abril, e com a negativa dos integrados em alojar animais sem receber, os abates foram completamente suspensos.
Desde o dia 10 de maio, os trabalhadores começaram a voltar às fábricas, já com o JBS no controle. No mesmo dia, a empresa distribuiu os primeiros 850 mil frangos entre os integrados, que agora começam a ser abatidos. Os produtores e a empresa renegociaram os valores devidos pela Doux. No dia 11 de maio, o JBS pagou a primeira das três parcelas de cerca de R$ 11 milhões, e a segunda será paga nesta semana.
Até o final deste ano, o JBS pretende abater no Estado 850 mil frangos todos os dias. A capacidade das plantas arrendadas junto à Doux, no entanto, chega a 1,1 milhão de animais processados diariamente. De acordo com a assessoria de imprensa do grupo JBS, a empresa pretende chegar ao volume máximo de produção até o final deste ano.
O JBS deve anunciar novos investimentos no Estado. A compra imediata das operações da Doux, no entanto, está praticamente descartada. De acordo com representantes da empresa, o objetivo inicial é recolocar em funcionamento o sistema de alojamento de animais e a produção nas fábricas. Outra preocupação é recuperar, no menor espaço de tempo possível, a fatia do mercado de produtos à base de aves antes ocupada pela Doux, e perdida com a interrupção da produção.
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