Segundo o Ministério Público, o frigorífico comprometeu-se em instalar, no prazo de 30 dias, um dispositivo de alerta de falha operacional no sistema de tratamento de gases, para que eventuais problemas possam ser corrigidos de maneira imediata.
Pelo acordo, o frigorífico terá ainda de disponibilizar à população, no prazo de 90 dias, número de telefone para reclamações, registro de chamadas e para controle de ocorrências sobre eventual emissão de odores ofensivos. Na água de lavagem dos gases deverá ser colocada substância aditiva (desfibrilador de odores) capaz de neutralizar cheiros desagradáveis.
No acordo também foram estabelecidas medidas a titulo de compensação pelos danos causados à população. O frigorífico irá doar kits de coleta seletiva e de educação ambiental a todas as creches e escolas da rede pública municipal de Barra do Garças. O descumprimento das cláusulas estabelecidas no acordo implicará no pagamento de multa diária no valor de R$ 5 mil.
Em Marabá (PA), a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) ameaça interditar a unidade do JBS no município, devido às reclamações recorrentes da população do mau cheiro. Antônio Kart, dirigente da Semma de Marabá, diz que, após a conclusão do relatório técnico da vistoria feita nesta semana, na área de curtume e na fazenda onde são lançados os efluentes, será solicitada ao JBS a documentação referente ao licenciamento ambiental emitido pela Sema (estadual).
Caso a Semma Marabá encontre irregularidades, “o frigorífico poderá ser interditado e multado, ficando seu funcionamento dependendo do cumprimento do que for estabelecido pelo município”.