A decisão é da 1ª e 2ª varas da Comarca de Montenegro. Segundo os advogados dos produtores, a decisão dá garantia de uma negociação com a Doux pelos próximos 30 dias. A dívida do frigorífico com os produtores integrados supera os R$ 2 milhões.
– As ações cautelares visam assegurar o crédito deles, mediante a indisponibilidade das suas matrizes suínas, que estão nas suas granjas. Com isso, os produtores têm a garantia de uma negociação com a empresa nos próximos trinta dias, antes de ingressar com a ação principal, caso a negociação não ocorra – explica Evandro Muliterno de Quadros, um dos advogados que representa os suinocultores.
Em nota, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, afirmou que “os produtores foram praticamente ‘obrigados’ a adotar essa medita, pois o diálogo com a empresa já dura três anos e, até o presente momento, não houve qualquer solução para o caso”.
Procurada pelo RuralBR para se manifestar sobre a decisão judicial, a Doux Frangosul afirmou, em nota: “Em referência às ações cautelares movidas pelos produtores e noticiadas pela imprensa, a Doux Frangosul informa que, até o momento, não foi citada oficialmente pela justiça”.