A laringotraqueite infecciosa afeta o sistema respiratório das aves, sem risco de contágio para o ser humano. A doença provoca perda de produtividade e até a morte das aves. Já foi identificada nos Estados de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, no Distrito Federal e em Minas Gerais, onde houve o caso mais recente. A vacina utilizada foi importada dos Estados Unidos e teve seu uso autorizado pelo governo brasileiro em julho deste ano.
No Estado de São Paulo a laringotraqueite infecciosa foi identificada duas vezes. O primeiro caso no Brasil foi em 2002 no município de Bastos, a 540 quilômetros da capital paulista. Segundo a Defesa Agropecuária do Estado a doença é considerada controlada. A outra ocorrência foi em 2009, na região de Guatapará, a cerca de 300 quilômetros da cidade de São Paulo. Nesta região ainda estão sendo adotadas medidas para garantir o status de doença controlada.
Medidas de diagnóstico e de prevenção da doença foram discutidas em uma conferência em Campinas, interior de São Paulo. Estiveram reunidos especialistas, representantes do setor e autoridades.
O coordenador da Defesa Agropecuária de São Paulo, Heinz Otto Hellwig, informou que a partir de dezembro o Estado inicia o uso da mesma vacina usada no sul de Minas. A meta é imunizar mais de um milhão de aves por mês nas regiões de Bastos e Guatapará. E em 2014 conseguir o controle da doença sem vacinação.
Atualmente não há uma legislação específica para o controle da doença no Brasil. Cada Estado adota as medidas necessárias. Para representantes do setor, a falta de uma norma única é um problema a ser enfrentado.
A representante da Coordenação de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Clarice Pechara, informou que está sendo discutida uma legislação específica para a laringotraqueite infecciosa. A idéia é estabelecer normas para diagnóstico, vacinação e ações de campo. Segundo ela, a expectativa é ter pelo menos um projeto pronto até o início do ano que vem.