Mesmo que os líderes de comissões republicanos e democratas apoiem a extensão de um ano, os líderes republicanos da Câmara não se comprometeram a criar uma nova lei agrícola, disse um negociador republicano no domingo, dia 30, deixando o futuro da política agrícola no ar.
– A liderança não se comprometeu a nada – afirmou o presidente da Comissão de Agricultura da Câmara, Frank Lucas (Republicano, de Oklahoma).
– Vamos ver o que se desenvolve ao longo das próximas 24 horas – acrescentou.
Os líderes republicanos têm defendido extensões de um mês, destacou Lucas, mas ele preferia uma medida mais duradoura.
– Os líderes das comissões de Agricultura em ambas as câmaras e os dois partidos criaram uma extensão responsável de curto prazo para a Farm Bill que não apenas evita a elevação dos preços do leite, mas também previne possíveis danos para a nossa economia agrícola como um todo – destacou a presidente da Comissão de Agricultura do Senado, Debbie Stabenow (Democrata, de Michigan), em comunicado.
Tanto Lucas quanto Stabenow disseram, no entanto, que ainda prefeririam, se possível, promulgar uma lei agrícola completa de cinco anos, que reformule os subsídios e programas de seguro agrícolas.
Caso não haja acordo sobre extensões ou um novo projeto de Farm Bill, a lei agrícola de 1949 voltaria a valer e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) seria forçado a comprar leite a preços bem acima dos que os agricultores estão recebendo agora por causa da retomada do antigo subsídio. Isso, por sua vez, poderia fazer o preço do leite dobrar em relação à atual média nacional de cerca de US$ 3,12 por galão.
Para o consumidor, o salto dos preços não seria sentido imediatamente. Isso porque o USDA ficaria encarregado de implementar a reintrodução da lei de 1949, e funcionários do governo relataram que esse processo poderia demorar alguns meses.