Estreando o método na região, a GAP também mesclou o oferecimento de animais em pista com bovinos pela internet. De 12 de setembro até domingo, os clientes acessaram um plantel de 109 touros, movimentando R$ 419 mil com a comercialização de 97 exemplares. A média geral dos exemplares pela internet ficou em R$ 4,31 mil, o que animou os organizadores. Somando os dois eventos, o resultado dos negócios ultrapassa R$ 2,7 milhões. E as vendas na GAP não param com a batida do martelo do leiloeiro Marcelo Silva: 450 fêmeas estarão à venda no site da empresa de hoje até o dia 12 de outubro.
? Com certeza iremos repetir no ano que vem porque a clientela aderiu. O leilão em pista foi ótimo, mesmo com as intempéries que nos castigaram. Isso é resultado de um trabalho em equipe. O valor arrecadado não importa e sim a satisfação em cumprirmos nosso papel como veículo de produção de carne no país ? disse o diretor da GAP João Paulo Silva.
Os animais vendidos foram para pelo menos cinco Estados. O lote mais caro foi o 280, um touro hereford, por R$ 18 mil. A compra saiu em nome do Condomínio Rincão dos Comasseto, grupo de Porto Alegre com terras em Lavras do Sul. Os touros brangus também foram destaque. O animal Cencerro foi arrematado por R$ 15 mil por Antônio Carlos Cabistini, da Cabanha Cabistini, de Uruguaiana. A escolha pelo touro de 980 quilos foi em razão de sua carga genética. Cencerro ficará em Uruguaiana, numa central de inseminação. Com seu material genético, Cabistini já fechou negócios no Paraguai, na Argentina e em outros Estados do centro do país.
O touro Hornero também foi vendido por R$ 15 mil. O animal vai para a Fazenda São José, em Dilermando de Aguiar, no centro do Estado. Luiz Gonzaga Xavier Marafiga arrematou o bovino com intuito de melhorar o seu plantel. Criador de angus e nelore, Marafiga comprou mais um exemplar do leilão e acredita ter fechado bons negócios:
? Quando o animal é bom, sempre é barato, independente do preço ? diz o criador que vende gado para frigoríficos do Estado.
Silva reforça que este leilão sinaliza como será a temporada. Para o leiloeiro, as vendas não serão tão boas como no ano passado pois o preço do boi está mais baixo este ano em decorrência do longo período de seca que o Estado enfrentou e do inverno rigoroso.
? O remate foi excelente. Mas médias mais baixas e faturamento menor são esperados em todos os leilões do Estado ? observa.
No ano passado, o remate da cabanha arrecadou R$ 4,1 milhões.