A redução no preço e no consumo do leite, as consequências das operações do Leite Compen$ado, o fechamento de empresas e a falta de pagamento ao produtor estão entre os principais motivos que afetam a cadeia produtiva gaúcha. Mas, aos poucos, a cadeia começa a dar sinais de recuperação.
– O mercado está reagindo, os preços ao consumidor no mês de março aumentaram em torno de 13%. Além disso, também se nota que os programas de leite em pó estão começando a andar e isso traz um cenário positivo no que diz respeito à remuneração do produtor e à economia dos municípios – diz o deputado estadual Elton Weber.
Uma das medidas adotadas para defender o setor foi a criação de uma entidade específica. O Instituto Gaúcho do Leite existe há pouco mais de um ano e já promove ações para fortalecer o setor e a atividade no estado.
– O Pas Leite, que é o treinamento dos produtores e transportadores, técnicos, uma parceria que nós temos com o Mapa, nós temos uma atividade preparada para ser lançada que é uma ação promocional ao consumo de leite por parte do consumidor, nós temos levantamento de dados para conhecer as estatísticas, para conhecer o setor realmente – conta o presidente do Instituto, Gilberto Piccinini.
Mas para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cruzeiro do Sul, muito ainda precisa ser feito. E enquanto as soluções não vêm, quem sofre é o produtor.
– Nossas famílias vivem com um salário no fim de cada mês, então a gente precisa fazer com que a linha de produção do leite se torne viável, que o agricultor possa ter uma renda. Nós precisamos fazer com que existam políticas públicas, com que o governo nos abrace nessa causa e, por fim, a nossa população possa consumir um leite saudável e possa fazer gerar a economia dos nossos municípios e nas nossas pequenas propriedades – deseja Marcos Hinrichsen.