A importação de lácteos quase dobrou nos meses de outubro e novembro deste ano quando comparados ao mesmo período de 2017, aponta levantamento da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS). A entidade questiona a demanda, garantindo que há produto disponível no mercado interno.
A indústria, por sua vez, alega que as compras são feitas com base no preço mais atrativo. “Nós nos deparamos com essa situação: como fazemos para continuar vendendo sendo que o produto nosso interno para produzir esse pó é mais alto?”, questiona o diretor executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini.
Após a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, prometer que vai suspender a importação de leite do Mercosul, entidades e produtores se reuniram para pensar em ações que podem salvar o setor de uma das piores crises da história.
“Pedimos três coisas para a ministra: suspender as importações, fazer compras ou escoar daqui para a outro local, e um desconto de 30% nas parcelas de financiamentos dos agricultores, que constam como receita para fazer o pagamento do leite”, explica o presidente da Fetag-RS, Joel da Silva.
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A expectativa é de que a pasta do Desenvolvimento Social dê suporte à Federação da Agricultura Familiar do estado para dar andamento a possível compra governamental. “A única atitude que tivemos do ano passado para este foi do ministério, que fez uma compra pequena, mas importante, e ele pode nos salvar agora nesse momento também”, declara Silva.
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