Especialistas do segmento leiteiro gaúcho participaram da segunda reunião do projeto que criará, ainda em 2016, o planejamento estratégico da cadeia produtiva do leite gaúcho, promovido pelo Instituto Gaúcho do Leite (IGL). O encontro ocorreu nesta terça, dia 21, em Porto Alegre.
Entidades como Famurs, Fetag, Apil, Unicafes; instituições como FEE, Senai e Emater; as universidades UPF e Univates, além de associações das raças jersey e holandês e cooperativas ajudaram a construir um diagnóstico setorial inédito no Rio Grande do Sul e projetar soluções de longo prazo, para os próximos seis anos. A coordenação técnica do projeto é do Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP).
Dinâmica
Na reunião foi proposto aos participantes, que estavam divididos em cinco mesas, que trocassem de lugar com seus colegas para debater a cadeia leiteira sob todos os pontos de vista, analisando as fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças do segmento.
Para o presidente do IGL, Gilberto Antonio Piccinini, a reunião superou as expectativas, tanto em presença de público quanto em qualificação dos envolvidos. “A variedade de pessoas que estavam presentes permitiu uma análise completa do segmento, visto por diferentes perspectivas”, comentou.
Cada mesa contava com um representante e mediador de um elo diferente da cadeia: produtor, indústria, fornecedor e consumidor. A esse mediador cabia a função de comunicar aos demais os gargalos de seu elo, que contribuíram com sugestões, ideias e problemas. “O segmento trabalhava em ilhas, sem uma visão conjunta. A metodologia do PGQP nos proporcionou uma construção participativa de diferentes visões de todos os elos que integram a cadeia leiteira”, avaliou Piccinini.
Para o secretário executivo do PGQP, Luiz Ildebrando Pierry, o encontro foi fundamental para que a cadeia do leite perceba que existe um desalinhamento de visões. “Começamos a integração de várias partes da cadeia leiteira do Rio Grande do Sul. Nosso esforço é promover esta oportunidade de união”, ressalta. De acordo com o especialista do PGQP, todo este trabalho só faz sentido quando se coloca em prática o que foi debatido.
“Temos que executar o que foi discutido e buscar juntos uma certificação para a cadeia gaúcha do leite”, avalia.