Os investimentos fazem a diferença no desempenho da atividade leiteira.
Na propriedade da Deise Schafer de Oliveira, em São Pedro da Serra, no Rio Grande do Sul, pequenos detalhes fazem a diferença na qualidade e no rebanho.
No terceiro episódio da série as Guardiãs do Leite vamos conhecer a história de uma família onde o amor pelo campo e pelas vacas passou de mãe para filha e foi crescendo a partir da gestão da propriedade.
Já são 30 anos produzindo leite para a cooperativa.
Deise nasceu na propriedade, acostumada com o meio rural e com os galpões que abrigam o sustento da família.
Encravada entre morros e vales, cercada de verde, abriga um local onde o nome é dedicação.
A Deise e a mãe Jacinta Lúcia Schafer têm uma rotina no trato com as vacas leiteiras que passa pelo cuidado com a comida até a ordenha duas vezes ao dia.
“Cuidado no leite é principalmente com a mulher, parte de qualidade, de limpeza e até mesmo manejo com as vacas. Têm o úbere, a gente percebe quando tem mastite, coisas assim. Essa percepção não se vê tanto nos homens, tanto que a maioria das propriedades são mulheres que ordenham”, diz Deise de Oliveira.
Os homens cuidam da parte de produzir o alimento e essa parceria é comum nas propriedades produtoras de leite, normalmente são as mulheres que cuidam dos detalhes que envolvem o contato mais direto com as vacas.
Na propriedade rural são 38 vacas em lactação mas a produtividade é alta, com média de 30 litros por vaca, 115 litros de leite por dia.
Números que foram alcançados nos pequenos detalhes da gestão comandada pelas mulheres.
Tudo é na ponta da caneta para controlar gastos, custos e investimentos.
A deise acompanha de perto problemas como a mastite.
Coleta amostras e neste equipamento ela mesma testa se a vaca está com a bactéria que leva ao descarte do leite. num aplicativo há o controle de vaca por vaca e as recomendações veterinárias.
Em um ano a economia chegou a R$ 10 mil.
As terneiras são criadas com acesso ao ar livre. Isso fez com que diminuísse a incidência de pneumonia no rebanho.
Os machos não são descartados. São alimentados com dieta especial.
Os machos holandeses não têm valor comercial por não ter aptidão para produção de carne, mas com esse sistema em um ano, o animal chega a 200 kg.