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Leite

Dia Mundial do Leite: produtores de MG enfrentam desafios na pandemia

O estado é o principal produtor do Brasil, com 9 bilhões de litros por ano, o que equivale a cerca de 26% do volume nacional

Leite
Foto: Seapa – MG

No Dia Mundial do Leite, comemorado nesta segunda, 1º, a importância estratégica do setor, considerado um dos mais tradicionais do meio rural, é evidenciada. Criada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a data é uma oportunidade para valorizar o produto e seus derivados.

A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Maria Valentini, ressalta a importância da cadeia produtiva para o estado. “O leite é um alimento rico em nutrientes e acessível à população. Além disso, o setor é importante fonte de emprego e renda, contribuindo com 12,5% do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), estimado em R$ 73 bilhões para 2020”, destaca. As exportações mineiras de produtos lácteos, no ano passado, totalizaram US$ 16,5 milhões.

Na avaliação do diretor técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), Feliciano Nogueira de Oliveira, um grande desafio, nesse contexto, é a manutenção da atividade leiteira. “Houve uma redução generalizada do mercado varejista, devido ao fechamento de bares, restaurantes e lanchonetes que são grandes compradores de produtos lácteos”, explica.

Uma pesquisa aplicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) em cerca de 400 estabelecimentos de produtos lácteos mostra que mais da metade apresenta algum nível de comprometimento após a pandemia, devido ao fechamento do mercado varejista. “Mas não recebemos informações sobre descarte de leite no estado. O estabelecimento com dificuldade de vender fez o repasse do leite para indústrias maiores que produzem outros tipos de derivados como o leite em pó ou o leite UHT, que têm validade maior”, explica o diretor técnico do IMA, Bruno Rocha de Melo.

Guilherme Ferreira é da quinta geração de uma família produtora do tradicional queijo Canastra, no município de São Roque de Minas, e viu seu negócio sofrer os impactos da pandemia. A produção de aproximadamente 50 peças por dia caiu para cerca de 30 unidades, devido ao isolamento social. “Os restaurantes paulistanos e a alta gastronomia sempre foram o nosso mercado. Com o fechamento desses locais, investimos no e-commerce, que está salvando a nossa vida”, conta.

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