O setor leiteiro quer uma espécie de contrapartida do governo para diminuir os possíveis impactos da suspensão de tarifas antidumping sobre a importação de leite vindo da União Europeia e da Nova Zelândia.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, a expectativa agora é que o governo federal flexibilize outras demandas da cadeia nacional, como o programa de escoamento da produção e outras linhas de pré-comercialização do leite.
A expectativa do Sindilat é que as demandas do setor sejam discutidas em reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, em Brasília, que acontece na próxima terça-feira, dia 12.
O vice-presidente da Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo), Tirso Meirelles, manifesta a sua contrariedade com a medida.
Entenda o caso
O governo federal decidiu suspender a tarifa sobre importação de leite europeu e da Nova Zelândia. A taxa vinha sendo aplicada desde a resolução de 2001, como uma maneira de proteger o produto nacional. A medida encerra a cobrança antidumping sobre o leite em pó, integral e desnatado.
A alíquota era de 14,8% para o produto vindo da União Europeia e de 3,9% para o item da Nova Zelândia. A decisão do Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Comércio Exterior e assuntos internacionais, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira, 6.
Leite: o produtor brasileiro sobrevive ao fim das tarifas antidumping?