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Gado jersey está na mira de parceria entre Brasil e Nova Zelândia

Consulado ajuda 70 empresas a atuarem no Brasil e a aumentar entrada de material genétido de gado jersey

A Nova Zelândia, maior exportador de produtos lácteos do mundo, está interessada na pecuária leiteira do Brasil, mais especificamente em gados da raça jersey. O consulado do país tem ajudado empresas a ingressarem no mercado brasileiro, já que em nosso país o número de vacas leiteiras passa dos 20 milhões, quatro vezes mais do que os cinco milhões existentes no país da Oceania.

Atualmente, o consulado neozelandês no Brasil ajuda 70 empresas da Nova Zelândia a atuarem no Brasil, a maior parte delas no agronegócio. A integração, porém, enfrenta uma grande resistência por causa do processo burocrático. “A Nova Zelândia no ranking mundial para facilitar negócios está em segundo ou terceiro lugar. O Brasil aparece em 116º. Se você tem paciência e energia para continuar, a oportunidade está aí”, disse o cônsul geral da Nova Zelândia no Brasil, Ralph Hays.

Apesar dessa dificuldade, na opinião da embaixadora da Nova Zelândia, Caroline Bilkey, a relação comercial entre os dois países deve continuar crescendo. “Nós podemos compartilhar as experiências, educação, produtos, inovações. Acho que vai crescer muito”, disse.

Gado jersey
Desde o fim do ano passado, a Associação dos Criadores de Gado Jersey do Brasil autorizou a utilização de sêmen importado da Nova Zelândia no gado brasileiro registrado. “Com o sêmen da Nova Zelândia nós conseguimos também refrescar um pouco o sangue do jersey no Brasil, abrir um pouco o pedigree, diminuir a consanguinidade e isso aí traz um monte de benefícios”, disse Cristiano Nogueira de Campos, superintendente técnico da Jersey Brasil.

Para o criador de jersey João Luís Cavallari, que já investe em genética importada dos Estados Unidos e Canadá, a possibilidade em adquirir o produto da Nova Zelândia amplia as possibilidades para o seu rebanho. “A Nova Zelândia é o maior exportador de leite do mundo. Eles têm as maiores fazendas lá, com lucratividade e eficiência. A gente não pode abrir mão de uma tecnologia dessas e dessa genética deles”, concluiu.

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