O Brasil é o quarto maior produtor mundial de leite, com 34 bilhões de litros em 2013. Segundo o ministério, o principal pilar do programa é a assistência técnica. Os produtores interessados poderão se inscrever em cursos de capacitação e deverão ter duração de dois anos. Técnicos da agroindústria e transportadores de leite também receberão qualificação em práticas adequadas de higiene, qualidade e segurança.
Os produtores contemplados também deverão ter uma linha de crédito especial para custeio e investimento. O ministério pretende desburocratizar o acesso a programas de financiamento já disponíveis e estuda criar uma linha de crédito permanente para retenção de matrizes leiteiras bovinas e bubalinas.
Outra prioridade será a erradicação da brucelose e da tuberculose, amplamente disseminadas no território brasileiro. O governo estuda criar fundos estaduais para indenização por animais contaminados, mas antes vai acelerar o levantamento da situação epidemiológica dos cinco Estados. Estima-se que as perdas diretas com a brucelose sejam de 25% na produção de leite. No caso de tuberculose, a estimativa é de 10% a 18% de queda.
O governo deverá implementar também iniciativas para promover o consumo de leite e derivados, além de ampliar programas institucionais federais para compra e distribuição de leite a famílias carentes. De acordo com avaliação do setor, estimular o consumo de leite ajuda ajustar a oferta e a demanda pelo produto. Apesar de o consumo doméstico ter aumentado 2% no ano passado, a produção cresceu 7% nos nove primeiros meses de 2014 em relação ao mesmo período de 2013, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).