Ainda há, porém, mais 18 áreas de produção de queijos artesanais de leite cru no país passíveis de receber o selo. O registro de Indicação Geográfica (IG) é atribuído a produtos ou serviços característicos de um determinado local. São produtos com qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e recursos humanos, como o know how para produzi-lo. O registro é concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). O Ministério da Agricultura é uma das instituições de fomento das atividades e ações para Indicação Geográfica de produtos agropecuários.
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Conforme a Coordenação de Incentivo à Indicação Geográfica de Produtos Agropecuários da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (CIG/SDC) do Mapa, além do Serro e a da Canastra outras áreas produtoras já são reconhecidas pelo mercado consumidor pela qualidade e tipicidade de sua produção de queijos artesanais. Entre elas, o Cerrado Mineiro, a Serra do Salitre e Araxá, também em Minas, o Arquipélago do Marajó (PA), o Agreste Pernambucano (PE), o Seridó (RN), a região Serrana (RS e SC) e a região do Jaguaribe (CE).
Consultores contratados pela SDC, em parceria com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), já visitaram essas oito áreas, levantando informações sobre as regiões e os queijos produzidos e identificando os agentes da cadeia produtiva (fornecedores de insumos/serviços, produtores, processadores e distribuidores). Também vêm promovendo eventos para sensibilizar as comunidades locais sobre os queijos artesanais – a grande maioria pequenos produtores familiares.
Nesses eventos, os participantes podem conhecer um pouco mais sobre a Indicação Geográfica, além de receber orientações para ações objetivas e diretas para se adequar à legislação, além de tecnologias para garantir a inocuidade do produto.