O Ministério da Agricultura reedita nesta sexta-feira, dia 21, a portaria que permite a venda de leite reidratado, mas define que o processo de reconstituição do produto a partir de leite em pó seja feito apenas pela indústria brasileira e com produto nacional. A portaria foi alterada por pressão de produtores de leite do Sul do país, que sofriam com a entrada do leite em pó uruguaio para ser reidratado, basicamente por indústrias de estados nordestinos.
Assim que assumiu, o ministro Blairo Maggi publicou a primeira portaria para incentivar as vendas de leite em pó da indústria do Sul para a reidratação no Nordeste, mas não havia na determinação uma proibição para o produto importado. Mas os produtores brasileiros, principalmente os gaúchos, sofreram com a concorrência uruguaia e pressionaram o governo a limitar a venda apenas ao produto nacional.
O secretário de Política Agrícola, Neri Geller, evitou falar em restrição à bebida importada e disse apenas que a reedição da portaria atende a uma demanda local para atender a região da Sudene, principalmente o estado de Pernambuco, onde a produção láctea local sofreu com a estiagem. “A portaria para a venda de leite reidratado foi feita para uma situação específica de seca no Nordeste”, disse.