O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) caiu 1,04% em outubro. No mês anterior, o índice havia registrado variação de -0,90%. Com esse resultado, o indicador acumula alta de 6,33% no ano e de 7,44% no decorrer dos últimos 12 meses. Em outubro de 2021, o índice caíra 0,31% no mês e acumulava elevação de 22,53% em 12 meses. Os dados foram divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta terça-feira (18).
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Leite e combustíveis foram os grandes destaques para a inflação ao produtor e ao consumidor. No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), as maiores contribuições para a queda foram leite in natura (-7,21%) e óleo diesel (-4,22%).
“As quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice” — André Braz
“Já no Índice de Preços ao Consumidor (IPC), as quedas registradas para gasolina (-7,09%) e leite tipo longa vida (-11,36%) contiveram parcialmente o ritmo de aceleração do índice, que sob a influência do setor serviços, principalmente das passagens aéreas (+17,70%) e do aluguel residencial (+1,38%), volta a acelerar”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV.
O IPA caiu 1,44% em outubro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -1,18%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos bens finais variaram de -0,52% em setembro para -0,30% em outubro. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,16% para 6,16%. O índice relativo a bens finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, caiu 0,33% em outubro. No mês anterior, a taxa foi de 0,18%.
A taxa do grupo bens intermediários passou de -1,72% em setembro para -2,14% em outubro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de -0,36% para -1,70%. O índice de bens intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 1,54% em outubro, ante queda de 0,46% no mês anterior.
IGP-10 por matérias-primas brutas
O índice do grupo matérias-primas brutas do IGP-10 intensificou a queda em sua taxa de variação, a qual passou de -1,17% em setembro para -1,69% em outubro. As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens:
- Leite in natura (-0,18% para -7,21%);
- Algodão em caroço (4,32% para -7,32%);
- Café em grão (0,89% para -2,33%).
Em sentido ascendente, os movimentos mais relevantes ocorreram nos seguintes itens: minério de ferro (-4,48% para -0,52%), soja em grão (-1,44% para -0,86%) e bovinos (-4,10% para -3,15%).
O IPC variou 0,17% em outubro. Em setembro, o índice caíra 0,14%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação:
- Transportes (-2,97% para -2,17%);
- Habitação (0,08% para 0,64%);
- Alimentação (-0,24% para 0,11%);
- Comunicação (-0,88% para -0,61%);
- Despesas diversas (0,15% para 0,19%).
As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (-9,66% para -7,09%), tarifa de eletricidade residencial (-1,54% para -0,24%), hortaliças & legumes (-4,83% para 4,05%), tarifa de telefone residencial (-3,45% para 2,77%) e alimentos para animais domésticos (-0,62% para 1,04%).
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