Em reunião realizada nesta terça-feira, dia 21, em Porto Alegre (RS), laticínios gaúchos alertaram para os danos do Projeto de Lei (PLP) 343/17 à competitividade da indústria do Rio Grande do Sul. A proposta, que prevê renegociação das dívidas do Rio Grande do Sul com a União, exige como contrapartida o corte anual de 20% nos benefícios concedidos e suspensão de qualquer tipo de novo incentivo.
“O sindicato é contra essa política porque inviabiliza a produção no Estado. Não adianta renegociar a dívida com a União e quebrar o setor produtivo que sustenta a economia”, salientou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra.
Os laticínios também debateram os riscos referentes à retomada da votação do PL 214, que propõe corte de 30% nos créditos presumidos concedidos ao setor. “Não há espaço para o PL 214. Se passar, será a ruína das indústrias lácteas gaúchas”, acrescentou Guerra, lembrando que os laticínios operam com a menor margem dos últimos anos.
Qualidade
O Grupo de Qualidade do Sindilat aproveitou a reunião para apresentar apontamentos sobre os padrões definidos para a rotulagem de produtos com baixo teor de lactose. A exigência de comprovação de vacinação contra brucelose e febre aftosa por parte dos produtores ligados aos laticínios também foi debatida, uma vez que algumas empresas vêm enfrentando dificuldades em obter as informações.
A proposta é que as indústrias possam passar a solicitar os dados diretamente às inspetorias veterinárias. O tema está em debate junto à Secretaria da Agricultura.