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Leite

Leite: após cinco meses de queda preço volta a subir no RS

De acordo com a Conseleite-RS, entre os produtos que puxaram o movimento de recuperação está o leite em pó com 0,89% e o leite UHT com 2,47%

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Foto: Pixabay

Depois de cinco meses de queda, o valor de referência do leite voltou a subir no Rio Grande do Sul. O indexador projetado para fevereiro de 2019 pelo Conseleite é de R$ 1,1142, 0,77% acima do consolidado em janeiro com de R$ 1,1057.

O índice mostrou também que o valor ficou acima do projetado para o primeiro mês de 2019, R$ 1,0574. “Começamos o ano com patamares elevados em relação ao mesmo período de anos anteriores”, pontuou o professor da UPF Eduardo Finamore.

Entre os produtos que puxaram o movimento de recuperação, está o leite em pó com 0,89% e o leite UHT com 2,47%. Ainda segundo Finamore, a expectativa é que o setor trabalhe com preços mais elevados no início de 2019.

“O primeiro semestre será um período de melhor rentabilidade ao produtor, movimento puxado pela volta às aulas e pela redução de custos no campo”, frisou.

O que se observa ao analisar o valor de referência ao longo dos anos é que a taxa de remuneração ao produtor está acima da praticada nos produtos de forma isolada. Levantamento realizado pelo Conseleite, explica o professor, indica que o leite, em 2018, teve valorização acima da inflação do período, o que reflete custos menores de produção, sendo próximo de 50% para pagamentos de insumos e 50% para pagamentos de mão de obra, máquinas e infraestrutura.

“A inflação ao produtor ficou abaixo da média que se vê para a dona de casa”, completou. Quanto aos custos, Finamore informou que o mercado do milho e soja com preços mais baixos deve ajudar o produtor, barateando o custo da ração.

Segundo o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, o otimismo traz alento ao setor uma vez que o segundo semestre de 2018 foi de apreensão no campo e baixa rentabilidade. “Vivemos um divisor de águas no setor leiteiro no Brasil. Há muita preocupação com a posição que será adotada pelo governo sobre as taxas antidumping e em relação à implementação das novas INs que regulam a qualidade da produção. São duas decisões que impactarão diretamente no futuro de milhares de produtores que se dedicam à atividade”, salientou Signori.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini, pontuou que os próximos 30 dias serão decisivos para alinhar como o mercado se comportará em 2019. Apesar dos dados que indicam boa remuneração no campo, Palharini informa que, no varejo, os preços mantiveram-se, esmagando a rentabilidade do setor industrial.

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