As vendas para o mercado internacional pela indústria de laticínios foi diretamente impactada pelo cenário econômico da Venezuela, no mês de maio, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos). As exportações permaneceram retraídas e fecharam em US$ 6,5 milhões. O número é baixo em relação a 2016, porém melhor que abril de 2017, quando foram comercializados US$ 5,6 milhões.
O principal produto é o leite condensado, representando 43% das vendas totais de 2017, deixando o leite em pó em segundo lugar, com 16%. “O queijo também se mostra competitivo no mercado. O setor tem buscado novos mercados, sendo a Rússia o maior comprador, importando US$ 1,8 milhão no acumulado do ano”, diz o diretor executivo da associação, Marcelo Martins. Essa mudança no comportamento de compra se deve na maior parte pelo atual cenário econômico da Venezuela, principal comprador do leite em pó brasileiro.
Atualmente, já são mais de 20 os países compradores de leite condensado, principalmente localizados na África, Oriente Médio e América Latina. O leite em pó continua como principal produto para Venezuela, Bolívia e Paraguai.
Por outro lado, o queijo também vem ganhando espaço nas vendas ao mercado externo, com foco em países como Rússia, Chile, Argentina e Uruguai. O produto responde por 14% do total de lácteos comercializados entre janeiro e maio deste ano.
Com relação às importações, o ritmo de queda percebido desde o final do ano passado foi interrompido no último mês de maio. “Ainda percebemos queda das importações, mas precisamos aguardar o fechamento deste mês de junho para termos uma tendência mais bem definida para este segundo semestre”, afirma Martins.
Segundo ele, em maio, o montante vindo de outros países equivale a US$ 60,7 milhões, contra US$ 47 milhões em abril. O saldo da balança comercial é deficitário em US$ 221 milhões.