Os custos de produção da atividade leiteira subiram pelo segundo mês consecutivo. Segundo o índice da Scot Consultoria, em setembro, o aumento foi de 2,1% em relação a agosto. Em um ano os custos já acumulam alta de 15,2%.
A empresa sinaliza que a alta nos preços dos suplementos minerais, que subiram 3,8% em relação ao mês anterior, e os alimentos concentrados energéticos, com alta de 3,1%, e proteicos, com elevação de 1% no mesmo período, contribuíram para a alta.
Além disso, os combustíveis e lubrificantes, que subiram 3,7% ante agosto, e fertilizantes, com alta de 2,3%, também ajudaram na elevação do índice.
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A expectativa da Scot é que o câmbio valorizado, que influencia a precificação dos produtos importados, e a maior demanda dos insumos relacionados à alimentação até a recuperação das pastagens, mantenham os custos pressionados. “As chuvas estão começando agora e o produtor ainda vai ter que suplementar os animais, com isso, o milho também pode puxar os custos”, explica a analista de mercado Juliana Pila.
Segundo ela, o preço médio do cereal em Campinas (SP) subiu 1,2% na comparação a média do mês anterior. O valor saiu de R$ 40,50 para R$ 40,94 por saca.
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Margem
A tendência é de que a margem do produtor de leite comece a cair nos próximos meses. Isso ocorreria porque, apesar de o preço do leite ter aumentado nos últimos levantamentos, a expectativa é que a produção comece a aumentar e o valor pago, diminuir. Esse cenário, aliado à possível alta dos custos, deve tornar menor o saldo final do pecuarista.
Segundo a Scot, a cotação do litro do leite pago ao produtor em agosto subiu 1,4% na comparação com o mês anterior, atingindo R$ 1,246
