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Leite

Leite em pó: setor se organiza no Sul para impulsionar exportação

Projeto sugere ações e adequações para indústrias ganharem mercado assim como preço ideal para competir no exterior, afirma Sindilat-RS

leite em pó
Foto: Governo de Santa Catarina

O setor lácteo se articula, na Região Sul, para impulsionar as exportações de leite em pó, informou nesta segunda-feira, dia 13, em nota, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Em reunião na tarde de sexta-feira, dia 10, em Porto Alegre (RS), o consultor Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, apresentou o projeto CNA/Aliança Láctea: Exportação de Leite em Pó. Conforme nota do Sindilat, o plano “sugere a ação a ser adotada pelas indústrias para ganhar mercado, as adequações necessárias e o preço ideal para competir lá fora”.

De acordo com Barral, para se tornar competitivo é preciso que o leite em pó brasileiro tenha um preço 7% menor ao da Oceania, por exemplo. Além disso, o documento inclui mecanismos de financiamento de exportação e cálculos de lucros nos casos em que as operações forem concretizadas.

Além do Sindilat, participaram da reunião representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da Aliança Láctea-Sul Brasileira. Conforme o presidente da Câmara Setorial do Leite na CNA, Rodrigo Alvim, a Região Sul foi escolhida para encabeçar o projeto por apresentar o maior potencial produtivo do país – há um excedente da matéria-prima na região, que detém 15% da população do país, mas é responsável por 38% da produção brasileira de leite.

O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, ressaltou: “Teremos de escoar a produção para o mercado lá fora, caso contrário, haverá muita exclusão no setor. Teremos de escolher quem fica e quem sai da atividade”. O ideal, segundo ele, é que, em 2025, 10% da produção do Brasil seja exportada.

O próximo passo da iniciativa, de acordo com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, é apresentar o projeto-piloto aos associados, prospectando, assim, indústrias interessadas. “É o primeiro passo para a exportação, e as indústrias terão de buscar maneiras de vender excedentes de forma a manter o nosso mercado equilibrado”, afirmou.

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