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Leite: prejuízo do Rio Grande do Sul chega a R$ 40 milhões

De acordo com sindicato, 32 milhões de litros do produto foram perdidos nos últimos quatro dias de greve

Fonte: Reprodução/Canal Rural

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do RS (Sindilat) estima prejuízo de R$ 40 milhões com a perda de 32 milhões de litros de leite cru entre quinta e domingo – 24 a 27 de junho -, devido à greve dos caminhoneiros. Em nota, a entidade esclarece que estão sendo liberados veículos no entroncamento entre Ijuí e Cruz Alta, mas isso ocorre apenas na região Noroeste, onde está 20% da produção do estado.

“Apesar de entender as motivações que levaram à paralisação, criticamos as recentes declarações de lideranças do movimento grevista que atribuem a responsabilidade pelos prejuízos aos laticínios”, diz o Sindilat.

Desabastecidas de insumos e embalagens, as indústrias precisam de auxílio para poder retomar a produção o mais breve possível e, só depois disso, voltar a captar leite na íntegra no campo. “É inadmissível que o movimento grevista não se sensibilize com a realidade dos produtores de leite nem com o impacto ambiental que o descarte indevido dessa produção pode trazer”, finaliza o sindicato.

A multinacional Lactalis também informou neste domingo que a superlotação de seus estoques em fábrica, por ter coletado e produzido leite até o limite de sua capacidade sem conseguir expedir os produtos ao mercado de consumo.

A ausência de insumos e embalagens primárias necessárias ao restabelecimento de suas operações também obrigou a empresa a suspender a coleta de leite no Rio Grande do Sul e em diversas regiões do país. “Nossos transportadores de leite não tem mais óleo diesel para fazer as rotas e não podemos garantir sua segurança. Não temos mais embalagens, produtos para limpeza das instalações, lenha, alimentação e transporte para os funcionários, entre outros insumos, para manter a fábrica em operação”, comunica a empresa.

Na nota divulgada, a Lactalis se compromete a atuar com agilidade para que a captação seja integralmente restabelecida no menor tempo possível tão logo a situação volte ao normal. “Compartilhamos as dificuldades com você, produtor de leite, e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que a situação se resolva prontamente”, diz.

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