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Leite: veja como funciona o sistema de produção de baixo carbono

Vacas são criadas no sistema Integração Lavoura, Pecuária e Floresta; árvores contribuem para acúmulo de carbono reduzindo emissões

Nesta semana, a Embrapa e a Nestlé firmaram uma parceria para a produção de leite sustentável. A empresa suíça do setor de alimentos e bebidas irá desenvolver o primeiro protocolo nacional para pecuária de leite de baixo carbono.

O chefe de pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste, Alexandre Berndt, diz que as vacas serão criadas no sistema Integração Lavoura, Pecuária e Floresta (ILPF).

“O conceito do leite de baixo carbono é uma conta com o que temos de emissão e de remoção de gases do efeito estufa. As emissões acontecem principalmente com liberação de metano nos animais, e quando se aplica fertilizantes no solo. A remoção por sua vez, é quando as pastagens e os troncos das árvores acumulam carbono”, explica.

Segundo o pesquisador, a utilização do ILPF tem a vantagem da utilização de árvores, que, além de acumular carbono, trazem bem-estar para os animais. “As vacas de leite são sensíveis e elas se beneficiam da sombra nesse sistema integrado”.

Ainda de acordo com Berndt, o balanço de carbono é uma demanda global. “A sociedade e o mercado estão demandando mais cuidado com os sistemas de produção. As pessoas querem tomar um leite ou comer um queijo com a certeza de que não estão com o aquecimento global”, finaliza