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Leite

Preço do leite cai quase 5,5% em novembro

O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, alertou que, no campo, os produtores estão sentindo queda maior das cotações

Foto: Semagro/MS

A referência do preço do leite no Rio Grande do Sul em novembro ficou em R$ 1,092, sem o frete. Houve queda de 5,44% em relação ao valor consolidado do mês de outubro, de R$ 1,154. Os dados foram divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira, dia 20.

Segundo o professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Eduardo Finamore, a redução reflete a baixa dos preços de diversos derivados, principalmente do leite condensado (-11,8%) e do leite UHT (-9,6%). A diminuição só não foi maior devido ao leite em pó, que teve redução de apenas 0,3%.

Apesar de estarem em queda, ressalta ele, os valores nominais obtidos em 2018 para os principais produtos do mix (leite UHT, leite em pó, requeijão, queijo prato e iogurte, por exemplo) são os maiores da série histórica da entidade, que compara valores desde 2006. “Considerando a correção da inflação, o preço de referência no acumulado de 2018 está 14,3% maior do que o praticado no mesmo período de 2017”, complementa.

De acordo com Finamore, apesar da tendência de queda, a questão essencial é qual será o ponto de inflexão da curva do leite uma vez que os próximos meses são, tradicionalmente, de queda de consumo em função do período de férias.

O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, alertou que, no campo, os produtores estão sentindo queda maior do que os números indicados pela entidade. “Essa instabilidade é terrível para o produtor e para a indústria. Como o produtor vai investir para motivar e deixar a juventude no campo desse jeito?”, questionou.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Alexandre Guerra, argumenta que é preciso entender que o setor industrial está pressionado pelo varejo e que os preços estão todos em queda. “O setor precisa ganhar competitividade, mas a indústria não tem como absorver a redução sem reportar parte dela ao produtor. É a regra do mercado”, afirma.

 

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